quarta-feira, 9 de abril de 2025

As etapas de protagonizar

 Não sei que nome isso leva, 

cansaço, apatia, não acho que seja tristeza. 

É algo enorme... além do que se vê, mas me parece uma transição de fase. Há uns 2 meses digerindo isso. Já falamos sobre dar e receber a mesma oferta, mas realmente parece que sempre será menor e isso não satisfaz mais. É enorme porque é maior que uma relação, é na vida! 

Comumente ouço pessoas dizendo... “Ah eu sou uma pessoa mais retraída, mais na minha, busco pouco” e o quanto você dá? Porque deve ser na mesma proporção. Eu quero ser cuidada, bem tratada, mas eu não quero pedir. Eu não quero sinalizar o outro de que também sou humana e sinto as mesmas coisas, choro, sinto dor, tenho medo. Ouvi da minha mãe esses dias que a forma como eu me mostro é de resolução, de fato, não sou uma pessoa que espera que os outros façam por mim, mas será que em nenhum momento quem está perto consegue observar e realizar o movimento de empatia? Ela resolve, mas por me importar com ela, vou oferecer um colo, uma gentileza, um carinho. Não, vou trazer mais demandas para ela resolver OU ignorar a existência dela. 

Existem alguns tratamentos de silencio que por mim são vistos como portas fechadas. Sabe aquele papo de “estou aqui com vc” mas desde que você me diga o que fazer. Se você não tem respostas por si só vai ter respostas para o outro? Enfim, 

momentos como esse eu percebo que a vida ta me convidando a tomar um rumo novo, uma postura nova, um espaço novo. Exatamente em dias assim eu me dou conta de que algumas renuncias são ganhos. 

Um amigo me disse: “Você tem um coração do seu tamanho, você não é egoísta! ” E eu disse não é sobre ser egoísta é sobre... viver! Não dá para salvar o mundo o tempo todo e sentir num barco de papel. Eu não quero mais pessoas na minha vida que esperem um comando meu para serem humanas, não quero mais ter que dizer sobre a importância do cuidado. E o preço disso vai ser alto e solitário e eu to disposta a pagar de boas!!! 

Iande fala que “Talvez sua jornada agora seja só sobre você”. 

E ser autor da própria história é lindo! Se posicionar sobre ela também! ❤️

Eu me desejo vida em abundância. 


segunda-feira, 17 de março de 2025

Protagonismo

 Querido diário Otário, 


Estou há poucos passos dos 3.6 e a 4 passos dos 40. 



Esses dias me peguei pensando... eu amo minha vida, amo as escolhas que eu fiz. Eu consigo olhar pro todo, abrir gavetas do passado e me abraçar, me agradecer por não ter aberto mão de mim e das minhas vontades. Consigo encarar a leveza da vida e entender que eu, por onde passei, deixei marcar positivas e pensando na importância do viver esse é o legado mesmo. Gostaria que as pessoas que passaram por mim se lembrassem como alguém que bancou ser quem é. 

Como é trabalhoso se disponibilizar amadurecer, como é alto preço de segurar a barra, mas eu me disponho a aprender, melhorar, evoluir. 


Eu olho pro entorno hoje e penso: como é gratificante não embarcar no caos dos outros, como as pessoas se perderam delas mesmas e terceirizam as responsabilidades dos frutos colhidos. Como é lindo o processo de "virada de chave".

Graças a Deus existe o dia seguinte, o afago, a reflexão, a mudança e mais que tudo isso, graças a Deus, na minha vida, na minha história eu escolhi protagonizar a minha história. 

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

No fim do jogo, rei e peão voltam para a mesma caixa.

 





Tão fugaz e rápido quanto um raio. Eu tentei, eu ouvi, eu refleti, mas não deu. Existem coisas que vão além da nossa capacidade. Eu costumo dizer que a virada de chave é algo tão interno que quando menos se espera acontece e aconteceu. Não me arrependi das minhas escolhas, mas eu acolho a minha decisão e mais que isso, tenho refletido sobre as contas que precisam ser pagas na vida. Tenho me apropriado mais das coisas que eu ouço e alguns lugares não me cabem mais. Algumas rotas serão refeitas sem peso, sem medo, sem carga, de maneira extremamente natural e tranquila. Ouvir o coração e garantir as batidas que trazem paz, talvez esse seja o segredo de apenas seguir. Inicialmente nada tranquilo, cabeça a milhão, pensamentos gritando. A poeira baixa, as ideias assentam, o coração acalma e você está de volta para você e em você, não assusta mais e aperta o cinto para o próximo passo.

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Finda um ciclo para iniciar um mais bonito ainda

 Fechei algumas portas, abri algumas janelas, chorei alguns litros e senti algumas saudades. Tem gente que se fosse possível colocaria numa caixinha para não se machucar ou ferir. Mas por outro lado, quão proveitoso seria e quão evoluiriam. Nesse caos emocional, nessa gangorra de sentimentos eu me dispus a refletir sobre a minha parcela de porcentagem no caos. Eu de fato sou uma mulher incrível, inteligente e dinâmica, executo tudo o que me proponho a fazer e me dou integralmente para o que preciso for, o que faltou por anos, em mim foi um posicionamento, uma postura, faltou em mim dar limites para o outro na minha vida. Estou há cerca de dois anos solteira, passei péssimos bocados, quebrei financeiramente, adoeci de novo, me perdi, mas não abri mão de mim. Quando comecei a retomar as rédeas percebi que a minha parcela de culpa foi não me posicionar, não tomar posse da mulher incrível que eu sou. Juntei meus cacos, mudei posturas, tomei decisões, recomecei. Me recoloquei no mercado, assumi nova coordenação, aprendo coisas novas e incríveis diariamente. Sou desafiada o tempo inteiro, sinto amor em tudo que faço, vejo evolução em mim e na minha atuação a cada semana. Me pego pensando que conhecer e se relacionar com pessoas é exatamente isso, EVOLUIR. Eu não tenho pressa de me apaixonar novamente, eu não tenho pressa de me relacionar novamente. Mas o que eu tenho certeza é de que a pessoa que chegar vai vir para somar e ser meu maior fã e incentivador, não vai trair minha confiança nem dispor de meias verdades. Contará comigo como incentivadora também, alguém que conquiste o mundo. Vai ser a pessoa que vai sentar para conversar e não supor, não alimentará dúvidas, terá orgulho de sermos nós. Vai ser a recarga de afeto depois de um dia caótico, a escolha e não a falta de opção e enquanto isso não acontece, eu sigo na minha faxina emocional, desocupando espaços internos, organizando os cômodos. Tem muita coisa boa e nova para acontecer e eu não solto minha mão.  

 Querido diário, quase enlouqueci, mas to aqui, com carinho e com afeto!

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Recalculando a Rota


São Paulo, 8 de janeiro de 2024. 


Feliz ano novo...

Eh... começou... em meio a 3 rasteiras, 2 decepções e uma tsunami de emoções. 


Ahhh Bianca mas você eh psicóloga. FODA-SE!!!! 


Os sentimentos estão se tornando apatia e agora tomando forma de palavra. Pode ser cansaço emocional das rasteiras, problemas mal resolvidos na vida ou simplesmente um chacoalhao. Não sei que nome isso leva, mas nesse momento, entendo que não poderia ter sido tão perfeito quanto agora. 

Desisti... da leveza, de conhecer pessoas, de nutrir paixão, de criar ninho, de me entregar, de ser solicita. Eu desisti de tudo que rege o afeto. Eu acredito que ele exista, acredito no mover dele, em mim pelo menos ele impacta e justamente por isso resolvi que não quero que ele fique on. Tenho percebido que algumas coisas acontecem pq eu sou chata e insistente, pq eu dou a minha cara a tapa, entende? Eu, eu, eu, eu, chega! 

Hoje a apatia me rege, é como que tudo que me fizesse brilhar os olhos estivesse envolto de fumaça cinza bem tóxica com crises de tosse. 

Não quero ninguém perto de mim, não quero nada de ninguém. Chega! Eu não vou, vc não vem, encerramos várias possibilidades de desgaste. E assim a gente segue, sem pressa, sem bagagem, sem afeto, sem plateia. Em algum momento tudo cairá no esquecimento, porque é assim e quando esse momento chegar o afeto também já foi esquecido, a preguiça já tomou conta e a vida passou. 

Não quero ser útil, boa, parceira, acolhedora ou empática, EU NAO QUERO ABSOLUTAMENTE NADA... aliás, distância e silêncio.

sábado, 30 de dezembro de 2023

Um ultimo pedido


 Fechei ciclos, revi conceitos, conheci pessoas incríveis. Reescrevi algumas histórias. E eu já disse isso aqui antes, mas volto a dizer... eu acredito demais no amor. Ele ensina, acolhe, acalenta, abraça, resignifica. Termino 2023 apaixonada, um pouco pesarosa e com a sensação de que essa paixão já começou e está perto do fim. Não vejo reciprocidade, mas sabe quando você quer tanto bem de uma pessoa que prefere sair dessa história com um amigo? Essa sensação me permea. Aquelas pessoas que vc guardaria num potinho, pra não sofrer. 

Termino esse ano convicta de que eu vivi, muito! Me permiti demais! Beijei bocas, experienciei sexos, tive longas e profundas conversas e encerro apaixonada. Profissionalmente tá tudo bem, fluindo, estudando, aprimorando e voando. Se eu encontrasse uma lâmpada mágica hoje o pedido seria um amor recíproco e disposto. Pra que fosse mútuo, intenso. Consigo olhar para trás e dizer que esse ano me auxiliou na organização do meu caos interno, me ensinou que é importante sentir e viver, me disse para parar de correr dos sentimentos e mergulhar. Fui muito rasa, corri demais focando em outras coisas, mas aprendi a lição. Deus, vida, universo, que o  próximo amor venha na pegada de desvendar o mundo juntos, que tenha maturidade e que me ensine muitas coisas também. Cansei do efêmero, cansei do volúvel, quero criar raiz, quero partilhar as inúmeras coisas que sei que estão por vir. Enquanto não acontece, vou fechando os ciclos e reformando os cômodos para serem habitados novamente.  Eu tenho a sensação que uma paixão não correspondida é uma ressaca que demora demais pra passar o efeito. Dói em lugares que nada passa, a falta de respostas deixa a gente perdido, meio atordoado. Enfim... eu quero uma paixão que me queira. Que sinta alegria em me ter na vida, que quando pense em amor lembre do meu nome, que morra de tesao por mim e que conte comigo pra dominar o mundo. Por hora... seguimos em silêncio.  E se me permite o último pedido do ano, quero um amor que me queira. 

sábado, 23 de dezembro de 2023

Ahhh 2023

      Há dias em meio aos meus desalinhos e reflexões, eu tenho costume de essa época do ano olhar para trás. Sabe quando a gente está prestes a abrir uma porta que vai te levar pra um lugar novo? É exatamente isso. Mas antes de transpor esse lugar eu me pego pensando em o que vai comigo pra esse lugar novo. Quais passos eu não quero mais dar e o quanto de bagagem eu posso levar nessa viagem nova. 
  Os anos de 2021 e 2022 foram extremamente difíceis e desafiadores, emocionalmente exaustivos. Financeiramente impossível. Já esse ano começou desafiador e no decorrer as coisas foram acontecendo. VIVI TANTO! Me permiti tantas coisas novas.Conheci pessoas incríveis. De fato eu encerro esse ciclo dizendo que nem de longe eu sou a mesma Bianca de janeiro. Parece até insano, como se fosse uma história contada por alguém e vivida por você.  
  Conheci um amor novo que é  capaz de me mover e mudar apenas com um sorriso banguelo. Sou tia da menina mais maravilhosa do meu mundo, que me desafia todos os dias a ser melhor e colorir o mundo com mais leveza. Me afastei de pessoas que não fazia sentido nenhum eu estar ali, e fechei ciclos que eu nunca imaginei que fecharia. Iniciei um projeto social muito bacana de acesso da extrema pobreza à psicoterapia e esse processo também mudou a mim como ser no mundo. As pessoas estão adoecidas e não se acham dignas de falar de sentimento, não foram educadas para entender que o sentir também é processo de cura e ressignificação para romper coisas que adoecem. E iniciei um trabalho de inclusão fantástico com crianças e adolescentes deficientes intelectuais e sem dúvidas, uma escola. Decidi não participar mais de entrevistas e podcast, a visibilidade estava me incomodando, o lugar que as pessoas estavam me colocando estava me gerando inquietação absurda. Eu sou psicóloga, mas sou um ser humano errante e esse fato está enraizado, sigo apenas com as reflexões no instagram e ainda assim com a página privada e numa frequência menor. É legal interagir com pessoas, é bacana saber que minha voz ecoa de forma positiva dentro das pessoas, mas a forma como isso estava indo de fato me incomodou e eu optei por sair de cena. Quero focar na Bianca Chieregato, deixa a psicóloga para um novo momento.  
 
Hoje eu queria poder escrever uma carta aberta à vida, a Deus e ao universo. SOU GRATA! Quem me lê há mais tempo, ou me acompanha na rede social sabe que pra mim, a premissa da vida é espalhar amor no mundo. Só o amor salva a gente de nós mesmos! E por falar disso, não vivi nenhuma paixão. Só me apaixonei, não mergulhei, fracassei, talvez essa missão fique pra um novo ano ou uma nova Bianca, mas não faltou amor. Em absolutamente nada. Com essa mesma licença poética, seguirei vivendo, espalhando amor e cor na caminhada, TEM TANTA COISA BOA PARA ACONTECER. Tem tantas histórias novas para escrever, tantas pessoas incríveis e lugares novos a conhecer e eu to pronta! Ainda sobre a gratidão, pensando na imensidão das coisas que vivi, eu queria me desculpar com as pessoas que falhei/errei/deixei no percurso. Eu quero muito muito muito aprender com tudo, mas tem coisas que eu não consigo sozinha e eu não tenho tempo ou disponibilidade de convencer o outro que eu não sou nociva. Então interprete de acordo com o que você acredita e me desculpa se pareceu falta de vontade ou disponibilidade, lembra, não faltou amor, nunca, o que faltou foi parceria e boa vontade, mas você se deparará com pessoas dispostas a fazer por dois ou três (Das parcerias e amizades que ficaram na caminhada). Algumas pessoas na nossa vida são “ser” e não “estar” algumas passam a porta no mesmo momento, outras vão estar em outras portas e ainda assim se fazem presente. É o tal papo, bela, intensa, difícil, complicada, desafiadora é a vida e ainda assim, que possamos escolher sempre o que nos faz bem. Tô digerindo e andando, fechando a porta do que foi, trazendo a bagagem essencial, vai dar bom!

Tô pronta e ansiosa,

Obrigada. 💗