quarta-feira, 24 de abril de 2024

Finda um ciclo para iniciar um mais bonito ainda

 Fechei algumas portas, abri algumas janelas, chorei alguns litros e senti algumas saudades. Tem gente que se fosse possível colocaria numa caixinha para não se machucar ou ferir. Mas por outro lado, quão proveitoso seria e quão evoluiriam. Nesse caos emocional, nessa gangorra de sentimentos eu me dispus a refletir sobre a minha parcela de porcentagem no caos. Eu de fato sou uma mulher incrível, inteligente e dinâmica, executo tudo o que me proponho a fazer e me dou integralmente para o que preciso for, o que faltou por anos, em mim foi um posicionamento, uma postura, faltou em mim dar limites para o outro na minha vida. Estou há cerca de dois anos solteira, passei péssimos bocados, quebrei financeiramente, adoeci de novo, me perdi, mas não abri mão de mim. Quando comecei a retomar as rédeas percebi que a minha parcela de culpa foi não me posicionar, não tomar posse da mulher incrível que eu sou. Juntei meus cacos, mudei posturas, tomei decisões, recomecei. Me recoloquei no mercado, assumi nova coordenação, aprendo coisas novas e incríveis diariamente. Sou desafiada o tempo inteiro, sinto amor em tudo que faço, vejo evolução em mim e na minha atuação a cada semana. Me pego pensando que conhecer e se relacionar com pessoas é exatamente isso, EVOLUIR. Eu não tenho pressa de me apaixonar novamente, eu não tenho pressa de me relacionar novamente. Mas o que eu tenho certeza é de que a pessoa que chegar vai vir para somar e ser meu maior fã e incentivador, não vai trair minha confiança nem dispor de meias verdades. Contará comigo como incentivadora também, alguém que conquiste o mundo. Vai ser a pessoa que vai sentar para conversar e não supor, não alimentará dúvidas, terá orgulho de sermos nós. Vai ser a recarga de afeto depois de um dia caótico, a escolha e não a falta de opção e enquanto isso não acontece, eu sigo na minha faxina emocional, desocupando espaços internos, organizando os cômodos. Tem muita coisa boa e nova para acontecer e eu não solto minha mão.  

 Querido diário, quase enlouqueci, mas to aqui, com carinho e com afeto!

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Recalculando a Rota


São Paulo, 8 de janeiro de 2024. 


Feliz ano novo...

Eh... começou... em meio a 3 rasteiras, 2 decepções e uma tsunami de emoções. 


Ahhh Bianca mas você eh psicóloga. FODA-SE!!!! 


Os sentimentos estão se tornando apatia e agora tomando forma de palavra. Pode ser cansaço emocional das rasteiras, problemas mal resolvidos na vida ou simplesmente um chacoalhao. Não sei que nome isso leva, mas nesse momento, entendo que não poderia ter sido tão perfeito quanto agora. 

Desisti... da leveza, de conhecer pessoas, de nutrir paixão, de criar ninho, de me entregar, de ser solicita. Eu desisti de tudo que rege o afeto. Eu acredito que ele exista, acredito no mover dele, em mim pelo menos ele impacta e justamente por isso resolvi que não quero que ele fique on. Tenho percebido que algumas coisas acontecem pq eu sou chata e insistente, pq eu dou a minha cara a tapa, entende? Eu, eu, eu, eu, chega! 

Hoje a apatia me rege, é como que tudo que me fizesse brilhar os olhos estivesse envolto de fumaça cinza bem tóxica com crises de tosse. 

Não quero ninguém perto de mim, não quero nada de ninguém. Chega! Eu não vou, vc não vem, encerramos várias possibilidades de desgaste. E assim a gente segue, sem pressa, sem bagagem, sem afeto, sem plateia. Em algum momento tudo cairá no esquecimento, porque é assim e quando esse momento chegar o afeto também já foi esquecido, a preguiça já tomou conta e a vida passou. 

Não quero ser útil, boa, parceira, acolhedora ou empática, EU NAO QUERO ABSOLUTAMENTE NADA... aliás, distância e silêncio.

sábado, 30 de dezembro de 2023

Um ultimo pedido


 Fechei ciclos, revi conceitos, conheci pessoas incríveis. Reescrevi algumas histórias. E eu já disse isso aqui antes, mas volto a dizer... eu acredito demais no amor. Ele ensina, acolhe, acalenta, abraça, resignifica. Termino 2023 apaixonada, um pouco pesarosa e com a sensação de que essa paixão já começou e está perto do fim. Não vejo reciprocidade, mas sabe quando você quer tanto bem de uma pessoa que prefere sair dessa história com um amigo? Essa sensação me permea. Aquelas pessoas que vc guardaria num potinho, pra não sofrer. 

Termino esse ano convicta de que eu vivi, muito! Me permiti demais! Beijei bocas, experienciei sexos, tive longas e profundas conversas e encerro apaixonada. Profissionalmente tá tudo bem, fluindo, estudando, aprimorando e voando. Se eu encontrasse uma lâmpada mágica hoje o pedido seria um amor recíproco e disposto. Pra que fosse mútuo, intenso. Consigo olhar para trás e dizer que esse ano me auxiliou na organização do meu caos interno, me ensinou que é importante sentir e viver, me disse para parar de correr dos sentimentos e mergulhar. Fui muito rasa, corri demais focando em outras coisas, mas aprendi a lição. Deus, vida, universo, que o  próximo amor venha na pegada de desvendar o mundo juntos, que tenha maturidade e que me ensine muitas coisas também. Cansei do efêmero, cansei do volúvel, quero criar raiz, quero partilhar as inúmeras coisas que sei que estão por vir. Enquanto não acontece, vou fechando os ciclos e reformando os cômodos para serem habitados novamente.  Eu tenho a sensação que uma paixão não correspondida é uma ressaca que demora demais pra passar o efeito. Dói em lugares que nada passa, a falta de respostas deixa a gente perdido, meio atordoado. Enfim... eu quero uma paixão que me queira. Que sinta alegria em me ter na vida, que quando pense em amor lembre do meu nome, que morra de tesao por mim e que conte comigo pra dominar o mundo. Por hora... seguimos em silêncio.  E se me permite o último pedido do ano, quero um amor que me queira. 

sábado, 23 de dezembro de 2023

Ahhh 2023

      Há dias em meio aos meus desalinhos e reflexões, eu tenho costume de essa época do ano olhar para trás. Sabe quando a gente está prestes a abrir uma porta que vai te levar pra um lugar novo? É exatamente isso. Mas antes de transpor esse lugar eu me pego pensando em o que vai comigo pra esse lugar novo. Quais passos eu não quero mais dar e o quanto de bagagem eu posso levar nessa viagem nova. 
  Os anos de 2021 e 2022 foram extremamente difíceis e desafiadores, emocionalmente exaustivos. Financeiramente impossível. Já esse ano começou desafiador e no decorrer as coisas foram acontecendo. VIVI TANTO! Me permiti tantas coisas novas.Conheci pessoas incríveis. De fato eu encerro esse ciclo dizendo que nem de longe eu sou a mesma Bianca de janeiro. Parece até insano, como se fosse uma história contada por alguém e vivida por você.  
  Conheci um amor novo que é  capaz de me mover e mudar apenas com um sorriso banguelo. Sou tia da menina mais maravilhosa do meu mundo, que me desafia todos os dias a ser melhor e colorir o mundo com mais leveza. Me afastei de pessoas que não fazia sentido nenhum eu estar ali, e fechei ciclos que eu nunca imaginei que fecharia. Iniciei um projeto social muito bacana de acesso da extrema pobreza à psicoterapia e esse processo também mudou a mim como ser no mundo. As pessoas estão adoecidas e não se acham dignas de falar de sentimento, não foram educadas para entender que o sentir também é processo de cura e ressignificação para romper coisas que adoecem. E iniciei um trabalho de inclusão fantástico com crianças e adolescentes deficientes intelectuais e sem dúvidas, uma escola. Decidi não participar mais de entrevistas e podcast, a visibilidade estava me incomodando, o lugar que as pessoas estavam me colocando estava me gerando inquietação absurda. Eu sou psicóloga, mas sou um ser humano errante e esse fato está enraizado, sigo apenas com as reflexões no instagram e ainda assim com a página privada e numa frequência menor. É legal interagir com pessoas, é bacana saber que minha voz ecoa de forma positiva dentro das pessoas, mas a forma como isso estava indo de fato me incomodou e eu optei por sair de cena. Quero focar na Bianca Chieregato, deixa a psicóloga para um novo momento.  
 
Hoje eu queria poder escrever uma carta aberta à vida, a Deus e ao universo. SOU GRATA! Quem me lê há mais tempo, ou me acompanha na rede social sabe que pra mim, a premissa da vida é espalhar amor no mundo. Só o amor salva a gente de nós mesmos! E por falar disso, não vivi nenhuma paixão. Só me apaixonei, não mergulhei, fracassei, talvez essa missão fique pra um novo ano ou uma nova Bianca, mas não faltou amor. Em absolutamente nada. Com essa mesma licença poética, seguirei vivendo, espalhando amor e cor na caminhada, TEM TANTA COISA BOA PARA ACONTECER. Tem tantas histórias novas para escrever, tantas pessoas incríveis e lugares novos a conhecer e eu to pronta! Ainda sobre a gratidão, pensando na imensidão das coisas que vivi, eu queria me desculpar com as pessoas que falhei/errei/deixei no percurso. Eu quero muito muito muito aprender com tudo, mas tem coisas que eu não consigo sozinha e eu não tenho tempo ou disponibilidade de convencer o outro que eu não sou nociva. Então interprete de acordo com o que você acredita e me desculpa se pareceu falta de vontade ou disponibilidade, lembra, não faltou amor, nunca, o que faltou foi parceria e boa vontade, mas você se deparará com pessoas dispostas a fazer por dois ou três (Das parcerias e amizades que ficaram na caminhada). Algumas pessoas na nossa vida são “ser” e não “estar” algumas passam a porta no mesmo momento, outras vão estar em outras portas e ainda assim se fazem presente. É o tal papo, bela, intensa, difícil, complicada, desafiadora é a vida e ainda assim, que possamos escolher sempre o que nos faz bem. Tô digerindo e andando, fechando a porta do que foi, trazendo a bagagem essencial, vai dar bom!

Tô pronta e ansiosa,

Obrigada. 💗
         


domingo, 25 de junho de 2023

Para dar nome ás coisas


Tem muito assunto pra pautar mas hoje quero falar do que tá mais latente. 

Isso tudo o que a gente sente tem um nome. Qual nome ele leva, só se permitir sentir vai dizer. 

Quais fases você passou e identificou? Deu nome? Sentiu? 

Hoje eu queria falar de reconhecimento de si. Levei 33 ou 34 anos para olhar pra mim e reconhecer que eu sou uma mulher bonita, sexy, atraente. Eu sempre priorizei ser inteligente, não que isso não importe hj, muito pelo contrário isso me faz ver que a partir do conteúdo eu crio repertório. Autoconhecimento é um processo solitário e amargo, mas um caminho sem volta, quando você passa a olhar pra si e organizar o que sente e quer dificilmente você se perde na bagunça do outro. E é sobre isso. Hoje eu me permito passar a noite na balada, usar um decote, um batom mais forte e ainda assim não deixar de ser a Bianca que prioriza conhecimento. Não me iludo com qualquer conversa mole e não saio em busca de pessoas. Entendi que eu posso e devo cuidar de mim, o outro na minha vida complementa, não "tapa buraco". Eu sou a protagonista, sou eu quem dirige o que sou e o que quero ser e trata-se de um processo longo e permanente, veja eu levei 30 e tantos anos pra entender que eu posso ser bonita e atraente. A vida prega peças, várias e todos os dias. Mas eu não espero que o outro me traga respostas na verdade eu espero do outro um abraço, um carinho, eu espero do outro um cuidado e não uma solução. É muito fácil ser uma mulher bonita, descolada e servir pra um role aleatório. Difícil é reconhecer que você é incrível, que se dispõe a encarar o mundo e não precisa de ninguém que te pegue no colo, só ficaria feliz se pegasse na mão. Porque você banca o seu eu. O maior desafio hoje é fazer com que o outro entenda isso sem parecer arrogância. Eu me encanto, me apaixono, quero colo, trocaria qualquer balada por conchinha, mas ainda assim, eu pago o preço por viver mais verdades e menos teorias. E tá tudo bem. Tenho aprendido que algumas coisas precisam ser nomeadas para ser entendidas e assim será.

segunda-feira, 15 de maio de 2023

Encontros e despedidas



 Depois de um tempo a gente passa a se conhecer melhor, se olhar com mais carinho. A vida me presenteou com pessoas nos últimos tempos, sou grata a cada ensinamento, a cada degrau de maturidade, reconheço que sozinha não chego em lugar nenhum. Não me disponibilizei a viver romance nenhum, mas me permiti tentar e não deu certo. Talvez o melhor que tenha acontecido foi isso mesmo. Peguei pensando em várias coisas, dentre elas reconheço que não sou uma pessoa tranquila ou fácil de lidar, mas é que eu nunca curti a ideia de viver uma vida como coadjuvante, assumo meu protagonismo em todas as áreas da minha vida, costumo pagar um preço alto por isso. Ainda digerindo todo esse processo ouvi de uma pessoa próxima que o meu jeito de chegar em lugares e conhecer pessoas é marcante, um jeito, um gesto, uma maneira de deixar marcas. Fiquei refletindo sobre isso e me fez viajar nas ideias, de fato eu nunca cheguei em lugar nenhum sem ser percebida, não estou falando nem de gritos nem de beleza física, pode ser energia, pode ser altura, mas nunca entrei em lugares sem ser notada, a mesma coisa acontece na vida das pessoas e quando penso no aspecto “pessoas” me dou conta de que pra mim, ninguém vem ao mundo a passeio, não quero ser a pessoa sem nome, quem me lê a mais tempo sabe que eu nunca quis ser a filha do Raimundo, meu nome é Bianca e quero ser reconhecida assim, meu lugar de fala não é só o de filha. Mas o que mais me chamou atenção foi perceber que eu atuo dessa forma na vida sem forçar nada, sem meter o pé na porta, só sendo eu e respeitando o outro como ele é. Recentemente conheci uma pessoa incrível, que me levou pra dentro de peito aberto, fui abraçada por todos do seu entorno, mudei de ideia de estar só, senti saudade, me envolvi, mas tenho a plena convicção de que aquele lugar não é meu. Tive a impressão de estar cruzando a história, invadindo espaço e desde então, constantemente sou colocada à prova de que de fato alguém sobra e esse alguém sou eu. Digeri, refleti, angustiada, chateada, até que entendi que nesse lugar não há um espaço pra mim e tá tudo bem!!! Mudamos o formato, refazemos a rota, reconhecemos a importância da pessoa e seguimos a caminhada, a nossa locomotiva precisa seguir viagem. 

Me angustiou a sensação de ser um peso, a sensação de estar ocupando espaço, de atrapalhar, mas talvez a maturidade estava só tentando me dizer que eu havia parado na estação errada, a gente deixa um pouco da gente, leva um pouco do outro e segue, completamente refeita. Eu acredito que isso seja viver e se relacionar com pessoas, aprender, se descobrir e entender que cada um dá o que tem e às vezes aquela oferta é exatamente o que você precisa pra seguir viagem. Talvez aquela pessoa precise de coragem pra assumir o protagonismo da vida dela ou assumir as rédeas de uma história que ela sempre quis viver e não pôde. O que a gente faz com a troca desses encontros na vida é subjetivo e eu sou grata pelos encontros e despedidas que a vida tem me proporcionado. A gente pega a nossa parte da bagagem, sem esquecer da nossa essência, de quem somos e vai fazer história em outras estações. A vida é uma viagem, Obrigada pela carona! 💙


domingo, 23 de abril de 2023

3.4 seja bem vindo

 Querido diário, surtei 

Hahahahahahahahah 


Mentira... mas quase... 


Precisava escrever, estava sem tempo. Só pra que fique claro, eu prometi que abril seria o meu mês! Além de adentrar aos 34 anos eu me permitiria viver coisas que há  muito tempo não vivia e assim tem sido. 

Reencontrei pessoas queridas, revisitei algumas pendências do passado, quitei essas dívidas emocionais, conheci lugares novos, pessoas novas, romances e lances. Descobri que sou apaixonada por pessoas e histórias, me sinto muito lisonjeada quando partilham vivências comigo, para além do consultório, como Bianca Chieregato mesmo, me enriquece como pessoa. Depois da paixão/encantamento/ apego, não sei que nome isso leva eu me dei conta que se apaixonar depois dos 30 anos é tipo ressaca. Eu bebo? Não bebo! Mas fiz esse paralelo. Recuperar de uma ressaca mais velho leva mais tempo. Mas eu descobri uma coisa legal nesse processo. Eu tenho muito medo de ser infeliz. Eu já sabia disso, mas tive a plena convicção de que é um pavor mesmo, odeio ser vulnerável, odeio a sensação de ficar a mercê do outro (minha psicóloga que lute). Quando a paixão acabou eu estava numa fase de viver as coisas que aguardavam por mim, sendo muito honesta comigo e com as pessoas que eu pudesse me deparar e deparei. Pessoas incríveis com histórias de vida incríveis e super dispostas a me levar na bagagem e sabe o que eu fiz? Recuei... corri, me escondi, fugi, mas não menti. Pedi desculpas disse que eu tenho medo. Medo de ser infeliz, medo de machucar as pessoas, medo de ser enganada de novo, medo de quebrar, de ter uma ressaca real de amor, medo de chorar sozinha e querer um colo. A bagunça hoje é minha tenho clareza disso e não coloco ninguém no meu caos. Firmo meus dois pés bem fixos no chão. Conto comigo pra descobrir lugares que ainda não fui, viagens que esperei, baladas que nunca mais pisei, bocas que ainda não beijei, sexos que ainda não fiz. Volto pra mim mesma, em paz, grata pela partilha mas sem fazer os planos pro amanhã, vivendo o hoje, o agora, tudo oq pode ser proporcionado naquele instante. Não machuco ninguém, não coloco ninguém na mira do meu jeito furacão de ser. Encerro um ciclo de muito aprendizado, de muito silêncio, de muito anonimato e início um ciclo me abraçando mais apertado. Reconhecendo o ser HUMANO que tenho me formado e certa de que muita coisa boa ainda vai acontecer. Muitas lições e histórias estão vindo numa folha em branco. "De peito aberto e cabeça erguida vê se segue a vida e tenta ser feliz".

 Ei 3.4 TÔ PRONTA!!!!! ❤️