terça-feira, 17 de janeiro de 2017

No Susto a gente acorda!

Dizem que a madrugada foi feita pra pensar e não pra dormir... Eu prefiro usa-la para refletir e escrever. =D
Todos a bordo? Finalmente entramos em 2017. Eu quase não chego, mas com muita fé e chatice, cá estou.
Há muito tempo atrás, ouvi ou li em algum lugar que achar o outro requer que você se ama e se cuide antes. Achei meio clichê esse papo. Não entendia a relação... Pois ele veio me fazer sentido dia 28/12/2016 por volta das 15 ou 16 horas (não me lembro com exatidão) quando depois do 3º desmaio eu comecei a retomar os sentidos e vi os olhos aflitos do meu pai e a voz dele ao fundo me dizendo: “Filha, acorda, levanta dai você é tão forte Bianca!” e a minha mãe chorava e dizia baixinho:” Meu Deus, traz ela de volta”. A minha única reação era olhar eles e piscar... Sentir as mãos da Camila me segurando, com força e me ancorando pra não machucar Eu falava por dentro... “Gente, to aqui! Tô bem!” Mas meu corpo não reagia... Quando entramos na ambulância e ligaram a sirene minha mãe segurava minha mão e falava: Ta com frio? Quer água? Já estamos chegando... vai ficar tudo bem, ta bom? Os olhos cheios d’água. Quando soubemos que tudo tinha sido por negligencia medica e que de certa forma a negligencia também era minha. Estar anêmica num quadro agudo. Me veio essa frase a mente. Amar o outro é se amar e se cuidar em primeiro lugar. Meu deus, meus pais! Que desespero... que aflição... Pedi perdão pra minha mãe por deixar ela passar por aquilo. O segundo grande momento aflitivo foi tentar pulsionar a veia que não a encontravam, foram exatos 12 furos. Minha mãe chorava e dizia: Se eu pudesse trocava de lugar com você. E eu fiz a cena filha forte da história... Mas depois eu chorei tanto sozinha...  e refleti tanto!! Optei vir escrever sobre isso pra começar o ano, não por drama, mas por segunda chance!!!  Tive por perto pessoas que nem sonhava... Conheci pessoas boas. Encontrei meu príncipe encantado, que não me abandonou em nenhum momento e que não me deixou desistir. Sempre confiante e com palavras que eram como anestésico.  Tenho usado muito desse tempo “Repouso forçado” para refletir sobre coisas novas. Reparar em detalhes que muitas vezes eu deixava passar despercebido. Como é bom o recomeço e as novas chances que a vida proporciona. Na dor a gente aprende também e faz uma faxina sobre as pessoas que teimam em estar próximas cujo o principal interesse é te ver na merda. E assim vamos seguindo... Dias melhores virão... Eles sempre chegam.