domingo, 29 de janeiro de 2023

Malu - A doce espera,





  Carta aberta pra você que provavelmente terão alguns volumes, então vamos falar que essa é a carta 1, espero que um dia leia. 

  Quando eu soube que você viria, na verdade já desconfiava antes mesmo da sua mãe me dar certeza, mas eu preciso te contar da audácia dela, disse que estava grávida e que havia uma grande possibilidade do bebê ser do signo de áries. Malu, sua tia é ariana, uma fofa! (Hahahahahahahahahaha) mentira, fofa só no tamanho do corpo mesmo (bemmm fofa), mas não sou uma pessoa impossível de lidar. Sua mãe que é exagerada. Naquele momento eu passava por uma fase bem difícil emocionalmente, tomando algumas decisões importantes, mudando algumas prioridades e saber que você chegaria me deu ânimo pra encarar as dificuldades com mais amor e menos drama. Naquele momento pensei que eu não participaria tanto da sua gestação e desde então eu tô ligada em vocês; Quando soubemos que você seria uma menina eu te chamava de Luisa, sua mãe gostou e seu pai achou que era muito “Lu” na sua casa. Se prepara que  você vai ter que explicar 8792 x que o seu Malu é de Malu mesmo, quando falo de você já faço isso, então se prepare. De antemão eu já te digo que seus pais queriam muito você, seu avô paterno sempre reclamou que morreria e não seria vô, então de cara eu te  digo que amor tem e em abundância. Estamos prestes a entrar no carnaval, sua tia ficou literalmente pra Titia, e com a possibilidade de você nascer em breve, tá azedando o rolê carnavalesco. Vamos precisar retomar essa conversa daqui uns anos e eu estiver velha e criando gatos. Zero pressão, zero cobrança, espero que você ame sua tia, pode ser que sobre pra você escolher meu asilo. Eu não gosto das piadinhas do pavê ou pacumê e não vou fazer você passar vergonha nas festas de natal. Acho que vou ser uma velha solteirona mas bem resolvida, viajando e conhecendo o mundo. (hahahahahahaha )

Mas  hoje eu precisava escrever porque essa semana eu fui te ver dentro do forninho. Mulher, como a gente pode amar alguém que não conhece? Desde o ultrassom eu saí pensando nisso. Como a gente muda por alguém que nem chegou ainda, eu tenho aprendido tanto desde que sabia que você estava a caminho. É como se eu tivesse que me vestir da melhor versão de mim pra receber você, é como se eu tivesse prestes a viver o sonho de alguém e meu papel nisso é esperar ser convidada e ao mesmo tempo cuidadosa. Obrigada por escolher a gente, obrigada por despertar em mim o desejo de ser alguém melhor. O sentimento hoje da reta final é de um frio na barriga com ansiedade e um medinho, mas pode chegar chegando, com muita saúde, Seja bem vinda. Viva Malu. 

 



Atualização de identidade

 Diante dos processos cotidianos alguns personagens vão mudando, algumas prioridades vão se ajustando, algumas pessoas vão saindo de cena, mas que cacete, como é difícil tirar algumas pessoas da nossa vida!  

Interessante como a gente não atualiza nossa identidade, o que vou dizer agora vai parecer frio, mas cada dia que passa faz mais sentido. Pessoas são lições e passagens na sua maioria, algumas, raras são morada. Tem gente que desperta na gente riso facil, coração aquecido, paz e aconchego, mas para aí por 3 min olha pro seu entorno e hoje, das pessoas que convive, quantas são morada? é Raro!
E ainda nesse processo de se atualizar ou se permitir entender que algumas coisas simplesmente não fazem mais sentido, a gente se vê carregando um peso emocional e umas bagagens desnecessárias. Não sejamos imaturos, (demorei muito pra falar isso sem doer) algumas pessoas já cumpriram a missão que tinham na nossa vida e precisam seguir a missão com outras pessoas. Eu sei, parece frio, mas a insistência adoece, desgasta e faz com que toda a história construída nao falha de nada, então de verdade, do fundo do coração, faça atualização da sua identidade, reveja os seus conceitos como pessoa, não insista em algo que não tem mais sentido, não permaneça em lugares que não te trazem alegria, cor, motivação. Cuida de você, seja grato com o outro, mas siga… sem pesos desnecessários. Melhor ter histórias bacanas pra contar e uma lembrança de doce saudade do que o peso de algo que não fluiu. 



sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Todo fim, um recomeço




Essa TPM veio amarga… Pesada… Talvez intolerância ou um querer maior que uma compreensão. Mas ela passa, acaba, a gente fica… Tipo uma caneta e um papel, tipo poesia escrita e não lida, ressignificada. Problema seu se você quis pra ontem, problema seu se você escolheu esperar, problema seu digerir isso agora, mesmo que esse “seu” seja de você mesma. Nem todo mundo vai estar no mesmo momento que você, nem todo mundo vai priorizar você, mas você precisa olhar pro todo e entender que todo fim traz um recomeço, que você idealizou coisas que foram criadas por você, então estabeleça uma trégua, pega o papel e a caneta e reescreva, mude as personagens, refaça o tempo, só não para, não desanima. Você sente muito, e esse muito é de intensidade mesmo, então levanta a cabeça, digere isso, errar faz parte de acertar, não tentar é não viver, segue… vai passar, vai alinhar, para de fazer as malas, para de querer ter respostas, silêncio é resposta. Fodam-se as compreensões, fodam-se as justificativas, fodam-se os “bem querer” regado de quando der e foda-se você também. O bilhete de amor perdido no vento, vira a página, levanta a cabeça, escreve de novo. Tudo passa.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Não sei

 Preciso voltar pra minha personagem reflexiva, mas é coisa rápida (hahahahahahahahaha)


Oi querido diário otário, tá bão?
Cara, vou ser tia, o mundo já sabe, faltava você que aliás muito em breve quero escrever uma carta pra ela e aí você fica sabendo dos detalhes. 

Tô entrando numa fase meio reflexiva mesmo, pode ser TPM, mas tenho percebido que eu preciso sair de algumas cenas. Diariamente conhecemos pessoas, ok, até ai normal, tenho me permanecido bastante seletiva, mas me percebo ainda mais, são poucas pessoas novas ou recém chegadas que conhecem a Bianca de verdade, eu procuro ser muito transparente com quem tá perto, mas chego a me questionar se de fato vale a pena, tô meio brochada de me dedicar á algumas pessoas, tô chegando a pensar se alguns espaços de fato precisam ser ocupados, talvez pela bagunça que o outro traz consigo ou pelas indefinições. Eu acho a vida muito prática desde as amizades aos amores, mas parece que ultimamente as pessoas precisam ser cortejadas demais ou seduzidas demais pra estar perto e talvez a recíproca não seja tão verdadeira, saca? De novo cito o pequeno príncipe que fala sobre o tempo que dedicamos á rosa, será que vale a pena mesmo toda essa dedicação? Qual é a parte de retorno disso? Às vezes penso que eu não saiba me comunicar com o outro, mas o que mais eu posso fazer além de estar disponível e esperar o tempo dele? Obrigá-lo a fazer o mesmo? Se a resposta for sim, de fato estou no lugar errado, odeio tudo a base de obrigatoriedade, gosto das boas vontades, do espontâneo, de matar saudades e curiosidades. Gosto de corações que se chamam e se aquecem mesmo que não seja pra quebrar o frio da neve, mas pelo simples fato de se permitir viver. Acho que ando cansada das teorias, do “a gente vê”, queria mais datas e horários, talvez seja isso. e o que de fato pesa é eu nao saber dar nome pra isso, acabo trazendo pra mim como uma falha de comunicação minha, mas, mais disponível? falta oq? talvez só sair de cena mesmo. 


sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

A porra da cobrança social

 Gente… sério, vou seguir o viés da mudança… hahahahahahaha bora rir \O/

esses dias comecei a ler uns livros e ouvir uns podcast que me fez rir e refletir. (quem me conhece sabe que foi mais rir que refletir). Uma mulher de quase 34 anos no Brasil é mãe, já foi casada e está plena na carreira profissional e eu? tenho estrias e sobrepeso e quase 34 anos HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA em seguida fui ler que a mulher aos 40 anos está na meia idade e faz rolê de senhorinha… MANO… eu tenho 6 anos pra conhecer mulheres na mesma faixa etária que eu pro role de senhorinha…cruzeiro de senhorinha, bingo, teatro com temas de divórcio. Eu voltei a ser a pessoa que na festa do natal ta solteira e não faz parte das rodas dos assuntos, porque pode ser o assunto tem ideia disso? Hahahahahaha alow Deus, cola aqui, rapidão… to toda errada! Manjo zero de maternidades e afins, não tenho um pingo de vontade de entrar num vestido de noiva e quando as pessoas falam de fim de relacionamento, aos 33 anos é assim “ Realmente,se manter casado não é fácil" Cara, eu nem tentei hahahahahahahahahahahah Será que o problema sou eu??? Eu acho que sim, porque eu já baixei o tinder e achei o boy da amiga. Também já fui parar no Bar do Juarez de pijama numa sexta à noite, a pegada foi boa, mas o mico no débito. Já fui cortejada pelo tio da roça que me ajudou com um pneu furado, sim, com fotos diárias de flores de bom dia. Eu to com preguiça de sair de casa e ver gente com cara no celular ou ouvir o cara te chamar de amor pra te levar pra cama, sério… não vale a minha cera quente. 

Sigo fazendo terapia semanal mas a ideia de escrever um livro mexe demais comigo, porque tem coisas que eu penso: “Será que só acontece comigo?” Já fui atropelada por um carneiro, sim, o médico do pronto socorro quando cheguei lá com o joelho estourado também riu… Já peguei fila na entrada do motel e nem era dia dos namorados. Sabe o que mais me admira nisso tudo? que eu não nego e nem me faço de besta! Assumo mesmo, porque o universo parece que gosta de fazer uma graça comigo. 

Acho que devido relatos ficou evidente que esse papo de reflexivo foi mais divertido que introspectivo né… Acho que vou causar a revolução social no meu meio, não quero ser divorciada aos 34, nem mãe e aos 40 eu tenho planos muito mais prazerosos que chá da tarde .


Querido diário otário, o que você acha de virar livro? HAHAHAAHAHAH 


quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Adulta sim, mas nem sempre.

 Sim kiridos, andei pensando e resolvi dar uma up grade nesse blog, chega de ser só introspectivo né… eu to cansada de rir sozinha… sério… HAHAHA

Pra gente começar esse role, pensa assim… namorando durante cinco anos, noivado, casa, trabalho, cachorro, com o passar do tempo nem o “oi sumida” mais aparece, então você meio que se entrega à vida de pijama, netflix e dormir, sim, fui essa pessoa, fofa? talvez! Preguiçosa? SEMPRE! Pois bem, acabou o relacionamento, voltemos á pista, sério… parece que abriu um portal e eu entrei nele… tipo, encontrar pessoas interessantes é quase como arrumar um emprego, sim senhores, processo seletivo!!! nossa eu fiquei bastante impressionada com o mundo fora da caverna de platão.  

Resolvi baixar os app de “ralacionamento” de cara, encontro o namorado de uma menina muito querida, não posso denominá-la minha amiga, mas alguém que eu tenho muito carinho e bem querer. Aquilo provavelmente ja era um sinal do universo “gata, vaza”, massssssss… to com tempo, me mantive… Tem os caras que ditam as regras de como as meninas devem se comportar, tem os que já tem relacionamento, tem os que curte as meninas com outros caras, tem piru de tudo que é jeito, enfim… entre mortos e feridos, resolvi me retirar da cena e deixar que o universo se encarregue.

Não tenho muita vocação pra jogo de interesse, disputa de ego ou ser avaliada pra beijar na boca, é muita burocracia pra pouca emoção.
Anos atrás, nos meus 20 e poucos, eu tive história pra contar, enamorei bastante mas não precisei passar por isso não. Diante da minha rica experiência,resolvi me recolher à minha insignificância, sair da mira do tiro, e voltar pra minha caverna, acho que a vida é mais divertida quando o acaso escreve do jeito que preferir, de interesse em desinteresse eu vou é cuidar de mim, da minha insanidade e viver o que o acaso tem pra ofertar junto com o universo, não sou uma pessoa muito boa com teorias, às práticas tendem a me empolgar mais. 


To pensando em escrever uma peça de teatro, um standup comedy

sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Transformamos duas vidas chatas em novas possibilidades


 Fim de ano mexe um pouco comigo, com as minhas percepções de mundo, de eu. Passaram as festas, fechamos um ciclo e tudo o que eu mais fui questionada foi sobre o fim do meu relacionamento. Tantos anos juntos, festa de reunir família, a previsão do casamento próxima, foram esses questionamentos que eu mais ouvi e foi só aí que eu parei pra digerir algumas coisas.

Nosso relacionamento acabou naquele janeiro de 2000 e alguma coisa (sou péssima com datas) quando nós tínhamos ido passar o fim de semana na casa dos meus pais e não tinha nenhum sinal de internet e uma moça estava desesperada a sua procura pq você havia dito que passaria o fim de semana trabalhando. Eu te perguntei se vc precisava me contar algo ou se estava certo de que tudo bem embarcar naquele relacionamento (ah, tudo novo, as vezes não falou com todo mundo sobre o namoro, vamos dar a mão a palmatória).Um episódio desses a gente não comenta com ninguém que todos somos humanos e falhamos, imagina as pessoas do meu entorno descobrirem que você era uma farsa, foi só um deslize! Só que meses depois você teve outro lapso de memória, esqueceu que namorava e passou a se comunicar com outra moça nas redes sociais e trocar nudes. Ali doeu… amargou naquele instante você deixou de ser o príncipe encantado e passou a ser a pessoa de: “Porque eu me meti nisso? Como eu deixei chegar aqui? E agora? Eu ia ser mãe aos 30 anos, eu queria um parceiro, meu Deus, acabou tudo” eu passei 3 anos digerindo isso tudo e sabendo que você mantinha seus casos extra. Aí veio o pânico e eu me lembro que na primeira crise você não me levou a sério, na segunda também não, na terceira eu chorei por 12 horas seguidas e você assistiu. Daquele momento em diante eu passei a sobreviver e não existir, não era eu, não era protagonista, eu quase não me lembro das coisas dessa fase, só sei que eu entendi que ela precisava acabar. Quando eu voltei a ficar em pé de novo, a sustentar as minhas pernas, eu iniciei a segunda graduação e senti uma saudade de quem eu era, dos meus sonhos, dos meus planos, da minha vitalidade, tive covid e fiquei sozinha, lembra? zero parceria,  aí eu encontrei a terceira traição, você fez uma super cena, disse que me amava, que eu era a mulher da sua vida mas não doía mais, eu já vinha fazendo as malas. Quando eu finalmente comuniquei você da minha decisão, eu já tinha superado o fim de um relacionamento, eu já sabia quem eu comunicaria a minha decisão eu só não sabia ainda se eu tinha planos de me refazer amorosamente. Me assustei muito com o cenário caótico fora da caverna (rsrsrsrs sério, as pessoas estão perdidas e confusas), mas entendi que poderia tudo menos esquecer de mim e seguir e assim está sendo. Mas Biannnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnncaaaa você esta fazendo tudo isso pra falar mal do cara, não!!!! eu nunca falei, eu nunca contei, eu deixei que todos tivessem como imagem a que eles conhecem e assim será. Sou grata a absolutamente tudo só entendo que nao precisava ter insistido tanto, podia ter me poupado mais, eu que sempre falei de cuidado e carinho, justo comigo deixei, achei que tivesse que aprender de um jeito ou de outro e a vida não é assim, existem meios mais simples de aprender coisas e tá tudo bem. Entre dar entrevistas e explicações, a minha resposta favorita foi: Transformamos duas vidas chatas em novas possibilidades. E agora começa um ano novinho em folha, to pronta!