quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Meuu Deus me ajuda!!!


Sim, potencializa o drama... Se não for pra causar nem vou =P Pois bem, estou há 4 meses desempregada. SIMMMMMM... Quatro meses!!! Seis meses morando sozinha, uma casa, um carro e uma gata pra bancar! Hahahhaha  FODEEEEUOO... hahahahaha 
Brincadeiras a parte... Durante toooodo esse processo vivenciado recentemente, ta quase tudo superado, só falta o campo profissional mesmo! Esses dias me peguei lembrando de quando tudo começou, quando eu ainda era uma operadora de telemarketing (Experiência horrível, mas super válida!), depois os estágios da faculdade e por fim, meu primeiro emprego formada! Assistente de RH que durou 6 meses pela misericórdia de Deus! Tive depressão nessa época... Demitia tanto funcionário que me sentia a pior pessoa do mundo! Sério, tinha semana de eu chegar e as pessoas já saírem de perto, detalhe que quem pedia as cabeças nunca justificava, apenas dava a ordem e eu como subordinava, acatava e oh, foi bem ruim! Pouco tempo depois, surgiu uma vaga de assistente técnico em uma ONG que ficava em parelheiros, tudo era longe e o ônibus demorava muuuuuuito pra passar, me lembro que no dia dessa entrevista eu tinha outra em RH no metro conceição no período da tarde. Lembro também que o processo seletivo tinha cerca de oito pessoas e que tivemos dinâmica de grupo e apresentação pessoal. O lugar era muito feio e longe de tudo! Celular não funcionava, a equipe que trabalhava lá tinha cara de ruim, sabe aquele grupo que se fecha pra que quem chegasse não fizesse parte? Foi essa a impressão que eu tive! Mas era tudo novo, fugia total das demissões e eu me apaixonei por aquela nova realidade, sai de la aquele dia certa de que voltaria (de vdd! Super confiante!!!!) e voltei... Tudo novo, eu sem experiência nenhuma no social, com um mega desafio pra encarar... 120 usuários do serviço, 7 funcionários e cerca de 100 familias pra atender, busca ativa, reunião de pais, relatórios e visitas ás escolas, fora os cursos e reuniões que foram surgindo no decorrer do processo. Em 1 ano eu estava assumindo a gerencia da unidade e organizando a inauguração de outro serviço. Aprendi a fazer DEMES, Quadro situacional, dialogar em reunião de redes, organizar a fila de espera, relatório mensal, planejamento de atividades, captação de recursos e novos parceiros, ENFIM... Foi uma escola! O serviço aumentou, o numero de atendidos e funcionários também, o prédio precisou ser readaptado e eu lá! Depois disso, um novo desafio... Outra Ong, outra proposta, outra faixa etária e outra problemática. Educadora social de jovens, achei que fosse ser engolida, esquartejada, amordaçada, mas entre mortos e feridos, estão TODOS salvos. E o que fica de tudo isso? Recentemente tenho participado de alguns processos seletivos no terceiro setor e tenho reparado o quanto as pessoas acham que terceiro setor é assistencialismo ou caridade, o quanto não se dão conta da nossa responsabilidade enquanto atuantes no setor, seja la qual cargo for. Me apaixonei por tudo isso, me senti plenamente realizada por todos os serviços que passei no social, aprendi pra caramba com tudo que vivi e hoje me vejo tendo que me despedir, que traçar novos planos, sem um pingo de vontade. Me recordo que quando defendi minha tese do TCC a ideia era que TODOS, principalmente a população de baixa renda tivesse acesso/condições de fazer um acompanhamento psicológico e que saúde mental fosse tão importante quanto a física/orgânica. Hoje, chego em entrevistas de emprego pra falar sobre politica publica, e me deparo com psicólogas defendendo a gestão Dória! Dizendo que agora a informação chega e que as coisas acontecem. Vai descobrir onde, nos bairros nobres, vai descobrir onde atua, nos consultórios e clinicas particulares. O que não é desmerecimento nem mal profissional, só destoa da realidade vivida na assistência. É brochante viver tudo isso, é como se os sonhos fossem construídos nos solos de areia ou que eu sou a Alice no país errado. Estamos falando de gente cuidando de gente! Estamos falando de busca e defesa dos direitos e de conscientizar o outro. Estamos falando de jovens periféricos que só veem ótica no trafico de drogas porque não conhece outra coisa, estamos falando de crianças que quando saia de parelheiros pra conhecer o centro de SP por exemplo, passava em frente ao aeroporto de congonhas e batia palma pro avião. Estamos falando de jovens que nunca pisaram numa escada rolante e tem medo de prender o pé. O que parece ser muito engraçado nos dias de hoje mas é real! E ainda temos profissionais de terceiro setor ou saúde mental dizendo que o Dória é um ótimo gestor! Eu me pego pensando no quanto tenho me empenhado a fazer a minha história de carreira profissional nesse campo e o quanto criei utopia, tendo em vista que grande parte dos colegas já inseridos, visam lucro, meta e dinheiro. Onde muitos e deixo aqui nem claro, NÃO ESTOU GENERALIZANDO E SIM APONTANDO QUE É EM GRANDE QUANTIDADE, de profissionais que visam apenas o retorno financeiro! Em julho desse ano entrou a polemica da “Reforma da assistência” com muitos atrasos nos repasses de verba, não renovação de serviços e fechamento de outros. Eu sou a favor da reforma, mas não nessa perspectiva, eu acho que devia ser estudado mais território, investir mais na infraestrura, dar mais maleabilidade nos gastos, mais formação/aperfeiçoamento aos profissionais que de fato tem interesse e mandar embora quem não entende a proposta do social, quem visa lucro e meta no lugar do ser humano e desenvolvimento humano. Enfim... precisava escrever, na verdade passaria horas falando sobre isso, mas já são 2 da manhã e preciso dormir. Estou de fato decepcionada com tudo isso e pensando por onde recomeçar, desistir de tudo me faz mal, mas acreditar em utopias também não esta sendo bacana! Penso também que mesmo me referindo ao fato de morar só, ter uma casa, um carro e uma gata pra bancar, eu ainda estive no social por levar em conta o aprendizado e o amadurecimento que a troca de conhecimento nos traz e achei melhor citar isso, porque soaria falso ou uma afirmação  se embasamento. 

Sem mais, ou com muito mais, porem não adianta! Rsrsrs
Decepcionada ou indignada, mas viva! 
Preciso acreditar em algo de novo, além do amor! <3 font="" nbsp="">


quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Aquela rasteira que te coloca de pé

                Eu era uma menina quando a gente se conheceu. Tão imatura, tão ingênua, tão crente de que o mundo era bom e as pessoas tbm  que vc não faz ideia, mesmo tendo acabado de perder a virgindade e sido feita de otária por alguém que eu julgava ser importante.  Você tão solto, cheio de vida, saindo de um relacionamento pesado e eu doida pra viver e extravasar tudo o que não fiz na paixão sem reciprocidade. Moral da história? 7 anos se passaram, eu me tornei uma pessoa menos crente e disponível pra relacionamentos, muito mais racional e inteiramente solta. Vivi vários rolos, Vááááários, todos que propunham algo sério eu saia fora por medo e você? Casado e mentiroso. Pior... MENTIROSO!!! Era pro seu colo que eu corria quando tudo dava errado, era o seu sexo que eu queria depois de já ter causado muito. Não me preocupava se estava sol ou chuva, não me preocupava se tinha jogo do brasil na copa e a marginal estaria lotada, porque mesmo quando o romance acabou eu achava que tinha um amigo me esperando lá. Mas foi tudo mentira, passatempo e sexo. Pior, eu acreditei, eu defendi, eu fui, eu bati o pé, eu tive crises ridículas de ciúme, eu surtei, PRA QUE? ME FALA PELO AMOR DE DEUS, A TROCO DE QUE? Se passar 7 anos e o facebook te contar que era tudo farsa. A história era outra, o contexto era outro. To orgulhosa de mim, não teve briga, roupa suja ou discussão, so afastamento e vai ser bem melhor assim, nem pra coleguismo serve.  
                Não sei se eu estou mais esperta ou se Deus esta mais segurando meus passos, porque do fim do ano passado pra cá é só verdades ocultas sendo reveladas, eu tenho visto coisas de pessoas que eu nunca imaginava. Graças a Deus não perdi a vontade de acreditar e o medo de arriscar. E sobre essa situação eu só me irrito quando lembro como eu era bobinha no começo, como eu era cega e apaixonada e o quanto eu me tornei fria, o que também me assusta muito porque não é legal ser assim. Eu não queria que as coisas acabassem assim, não queria que você se tornasse um nojo ou um estranho, mas você quis assim. De uma grande aventura para um desconhecido. EU ODEIO TANTO A MENTIRA, DE UMA FORMA TÃO FORTE QUE QUANDO DESCUBRO TENHO VONTADE DE CHORAR ATÉ ESQUECER TUDO. MENTIRA ACABA COMIGO!!
                Melhor agora do que nunca, cada um sabe o que faz da história que viveu. Cada um que colha os frutos do que plantou, eu tenho minha mente tranquila, durmo super bem, espero que vc consiga fazer o mesmo. VIDA QUE SEGUE, COM NOVAS BAGAGENS!! 

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Outubro, 2017.

Se lembra aquele dia que te disse “ Você está no meio da porta de passagem da minha vida, pisa dentro ou pisa fora, faz alguma coisa, só não atrapalha a passagem”. Aquele dia eu precisava te dizer tudo aquilo que há dias vinha pensando, mas na boa? Eu esperava que vc dissesse que pisaria dentro. Acho que começou a cair a ficha ali. Depois disso, por diversas vezes eu ouvi você me dizer : “Você é besta! Vai viver...” A gota d’água pra mim foi ouvir que eu era uma pessoa legal mas que vc não tinha maturidade pra estar junto, sendo que o seu envolvimento anterior eu fui a primeira pessoa a te incentivar a tentar, a se expor, a sentir e você foi, só encontrou a porta fechada. Eu nunca me incomodei com diferença de idade, cor, profissão, condição econômica, religião, não me importei em dividir meu ninho com você ou dividir meu carro ou se entupir de lanche no Mc. Ou seja, não me importei com nada, eu só queria vc e uma história.
                Mas Bianca, porque tudo isso agora? Porque faz parte de mim fechar ciclos, porque eu quero encerrar esse assunto de uma vez por todas, porque é importante dizer o que te aflige para que nunca mais se toque nisso de novo. Porque no primeiro tapa eu comecei a arrumar minha mala pra ir embora da sua vida, porque eu não queria sair sem viver porque pra mim me soava covardia, mas eu comecei a entender aos poucos que cada um dá  o que tem. Senti tanta raiva de mim por ter deixado vc me tratar daquela maneira, fiquei tão revoltada comigo por ter te dado tanto crédito. Precisei me afastar de vc, voltar pra mim mesma, me rever, discutir em terapia, olhar para as minhas ações, engolir todo o amargo de uma utopia para então seguir. E estou fazendo tudo isso pra te dizer que hoje, sem magoas eu consigo voltar em março de 2016, sentar na mesma estação que te conheci e te pedir desculpas, por ter me apaixonado, por ter insistido, brigado, criado caso, permanecido. Hoje eu consigo ir viver em paz, certa de que eu fiz o que estava com vontade e que dei o meu melhor e mais que isso, fui eu mesma (como poucos conhecem). Queria dizer que te entendo, que tenho muito carinho por você e que desejo as melhores coisas da vida pra ti. É chegada aquela hora de “Um dia vamos rir muito de tudo isso”. Só estou te escrevendo porque me sinto mais tranquila assim, e acho importante recomeçar a vida sem pendências.

 Sucesso, saúde, sorte, conquistas e novos aprendizados. Que possamos ser amigos novamente! Obrigada por absolutamente tudo o que me ensinou. Mais e melhor, sempre!!! Ta na hora de escrever uma história nova, acreditar e seguir! ;)

sábado, 7 de outubro de 2017

Surto de mim ou crise de eu =/


Hoje eu acordei com uma vontade absurda de entrar num buraco e ficar lá, escuro e sozinha. Uma vontade de chorar tão absurda que eu achei que fosse explodir em lágrimas. Porque é tão difícil viver ás vezes? Peguei o carro e voltei pra casa, sozinha, ouvindo musica e olhando a chuva, minha cabeça não parava, os pensamentos iam voando pela minha mente numa velocidade absurda! Mas eu não consegui chorar... Talvez me fizesse bem desabar em lágrimas. Sabe do que me dei conta? Das utopias que eu criei sobre pessoas que me rodeiam, sobre o fato de eu segurar o mundo de muita gente e na vez quem que o meu mundo estiver prestes a cair, não passar de frescura ou mimo. Do quanto eu me questionei e questionei os meus atos e sentimentos para poder caber no mundo de quem eu julgava gostar de quanto tempo eu perdi nutrindo um sentimento que nunca foi reciproco. Pela primeira vez na vida meus pais não foram meu abrigo, porque tudo o que eu mais precisava era ficar sozinha, porque tudo o que eu mais queria era esquecer tanta coisa e tanta gente e eu estou com muita raiva de mim, da minha insistência e da minha pequenez. Porque pro outro o meu melhor e pra mim o que der? CHEGA DISSO! Em tudo!!!! TO CANSADA...  Eu também quero e mereço o melhor... a ligação inesperada, o colo, o abraço acolhedor, a mensagem sem motivo. Hoje me dei conta do quanto eu me permiti ficar pra “depois e se der” na vida de algumas pessoas, hoje caiu a minha ficha de que quando é pra mim precisa de data, hora, agendamento e tempo estipulados com muita antecedência, hoje me dei conta que pra muitos o afeto é um favor ou uma gentileza e não uma reciprocidade. Hoje me dei conta de que perdi tanto tempo insistindo em NADA! Perdi tanto tempo adiando outras histórias por medo de ser injusta. Eu to tão chateada comigo, tão magoada com o que eu fiz de mim ou me deixei levar.
                Cheguei a me questionar sobre quem sou e desacreditar na minha capacidade de realizar as coisas que sempre acreditei ou até mesmo da minha capacidade. Estou me sentindo tão perdida e tão vazia que chega dar uma angustia! Porque alguém que acredita no poder do amor (o amor afeto e não de relacionamento, o amor universal, entre  as pessoas) de transformar, mover, simplesmente se estagna? Que amor é esse que você diz acreditar não te leva ou impulsiona a nada. Será que ele de fato existiu ou você quem quis acreditar? Só precisava chorar pra diminuir a angustia e voltar a respirar normal, só preciso me afastar de algumas coisas para mudar os rumos de algumas histórias, só preciso acreditar no amor de novo e ver os frutos dele, só preciso de mim de volta, só preciso de novidades. Só preciso acreditar em mim de novo e fazer as pazes com o meu eu. Só!!!


Reflexões sobre amor


Que eu me apaixonei por uma pessoa confusa e inconstante já não é mais novidade, o que é novo é o fato de eu conseguir olhar a situação de fora e refletir sobre se apaixonar.
Recentemente acompanho alguns amigos/colegas/conhecidos em seus respectivos envolvimentos e percebo o quanto as pessoas estão perdidas em si mesmas. Percebo o quanto tem gente que não sabe o que quer e por medo de solidão embarcam num romance imaginário ou fictício. Observo também as relações doentias e de co-dependencia que estabelecem e cara, muito me preocupa! O amor é leveza, o amor é paz, o amor é cumplicidade, é doação. Quando passa a ser solidão, dedicação de uma só parte, desgaste, briga, obrigação, deixa de ser amor e passa a ser prisão, doença, insistência. Tudo que se faz por obrigação se torna chato e pesado. Quando alguém precisa lembrar pro outro que existe, não é escolha, é desespero!  A pessoa que gosta de você e quer estar com você, ela vai estar. Não vai ter tempo ou agenda que lhe prenda, porque o abrigo dela é o seu peito e o dia que um não puder ir o outro vai dar um jeito de vir. Amor é troca, é colo nos dias pesados. Falta respeito e leveza nas relações, falta empatia.
Rola uma puta confusão nisso, as pessoas estão banalizando o amor e comparando a sexo e não são iguais. Amor é além, é escolha, amor é dormir em paz e feliz porque aquela pessoa existe e optou fazer morada em você. É encarar as adversidades do dia a dia certo de que o outro vai ser a recarga da bateria por si só. Amor saudável é aquele que flui sem regras, sem vírgulas, sem script. Outro caos é achar que quando vira casal, deixa de ser 2 e passa a ser uma coisa só e não!!!!! Pelo amor de Deus não... são 2 pessoas! 2 mundos! É importante saber que todos temos bagagem, todos temos sagrados. Enfim... o amor está se perdendo, principalmente o próprio. Os relacionamentos estão se tornando prisões. As pessoas estão se tornando umas robôs e outras escravas de ego alheio. Muito triste.  Vale refletir sobre nos e o que queremos ou quem somos, chega de entrar na bagunça do outro e sentar pra assistir a zona alheia ou achar que temos culpa ou temos que organizar o que é do outro. Por mais carinho dado livremente e por mais leveza nas relações. 

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Esclarecimento

Dias emocionalmente intensos... Alias, antes de qualquer coisa, preciso esclarecer um negocio... Recebi algumas mensagens recentemente de pessoas me questionando porque não divulgo meu blog, pra que não pareça egoísta, achei melhor explicar né... Eu criei esse blog há uns 7 anos ou mais e o objetivo dele era simplesmente de colocar pra fora tudo o que rola na minha mente louca. Eu tenho comigo que escrever é algo terapêutico, vou colocando em palavras escritas o que muitas vezes falada ninguém entenderia e de quebra me faz um bem danado. Principalmente em desabafos, porque não cito nomes e mesmo assim falo o que é. E ai vou armazenando. Tenho fases de leituras e fases de escrita, acho legal me ler depois, consigo me ver em diversos momentos. Então, pra que não soe egoísmo, meu blog é o QUERIDO DIÁRIO ÓTARIO. E Simples como  vida deve ser, porque eu prezo pela leveza e porque escrevo o que sinto não me preocupando com gramatica, ortografia ou tempo verbal. Mas aos que quiserem ler, fiquem a vontade, lembrando que são devaneios meus, verdades absolutas minhas, ok? Nada impositivo ou obrigatório.  Cada um cria seu próprio “eu” e sua própria verdade.  beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeju

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Virar a página

           
Sabe, há dias venho pensando... E descobri uma coisa bem interessante... A cada discussão/briga nossa, algo dentro de mim morre, não sei te dizer o que é exatamente, mas eu não voltava a mesma. Desde a ultima  discussão passei a tentar me ver com a sua ótica, pelo menos com os atributos que você descreve e infelizmente eu não me vi ali, pior que isso, fiquei pensando o quão errado somos me insistir nisso, pior ainda, que imagem eu te vendi de mim! Durante esse meu período de reflexão cheguei a recorrer aos meus amigos mais íntimos e antigos e sem citar nomes descrevi o meu eu visto de fora e assim como eu, ninguém encontrou a pessoa a qual você descreveu. E mais, quanto mais eu tentava me enquadrar naquilo tudo mais eu sofria, nossa eu nunca te disse, mas foi a época em que me senti mais feia e vazia.
                Conclui também que somos opostos. Fui muito egoísta em insistir nisso, sabe aquela coisa de não ver a vida sem aquela pessoa ou vê-la com outra pessoa, esses pensamentos me matavam, era algo que eu não assumia nem pra mim mesma, mas na boa? Acho que lá é o lugar que você deve estar, com pessoas que pensam e agem como você, que veem o mundo como você vê. Porque eu quero mais! Eu vivo intensamente demais e eu não sei aceitar pouco, nem fazer de conta ou abraçar migalhas. Lá fora tem várias pessoas dispostas a doar o que tem e tantas outras com o mesmo medo que o seu, ou seja, mais uma vez falávamos de liberdade, de leveza e não passamos de dois idiotas com medo de sofrer de amor e acabamos por não vive-lo. Acredito também que uma conversa sobre isso nunca aconteceria porque eu sempre falo o que penso, sinto e acabo sendo grosseira e invasiva demais, por isso, diante do meu jeito louco e intenso de ser eu optei por sair sem dar tchau e acredito piamente que foi a melhor escolha pra ambos.
                Não existe o jeito certo, o que faltou na gente foi reconhecimento e boa vontade. Podíamos ter vivido sem medo ou simplesmente ter aberto mão desde sempre. Pois bem, chega de brigas ou discussões. Sejamos a nossa melhor versão nas próximas paixões que virão... Sabe, o mundo ta bem louco, vazio de afeto e egoísta, mas eu acredito que a gente atrai o que transmite, então não tenha medo de ser você, nem tenha medo de usar um coração que pulsa dentro do seu peito, o tempo que você perde por medo de sentir ou bloquear o sentimento, ele já esta lá instalado e você terá que pagar a conta sem ao menos desfrutar.  

               E mais, não quero nunca ser a pessoa que você descreveu, isso me quebrou em vários pedacinhos. Que triste ser alguém assim. Ter escolhido viver você, nunca significou que outras pessoas não pudessem se aproximar, pelo contrário, a prioridade era sua, o meu melhor (no meu ponto de vista) era pra você. Mas cansei de insistir nisso. De ser a pessoa que supõe, de me sentir sozinha, como que alguém que acredita no poder do amor reciproco fica nisso? pedindo carinho e atenção? que horror! Chega de brigar ou discutir e não se entender, se é pra sentir que seja assim, cada um na sua, porque desgasta girar em círculos, nem quero mensurar % de culpa, porque não vai mudar e nada. De consciência tranquila e coração querendo amar, ficar em paz e receber reciprocidade a gente segue. Entenda, não deixei de te amar e tão pouco de acreditar no ser humano foda que você é, só não somos compatíveis pra um mundo a dois, gratidão.  

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Cada fase uma etapa

HÁ dias ou meses eu ando bem introspectiva, dizem que quando muito nos ausentamos não fazemos mais falta. A verdade é que se isso for real, espero que as pessoas que repararem isso fiquem bem, porque eu não to com muitos planos de deixar minha vida cheia de gente vazia novamente. Minha mãe me questionou até onde ou quando vou com isso. Mãe sente as coisas né, até há km de distancia. (Eles – meus pais- e o Marrom – dog- tem sido a minha melhor companhia, meu ponto de afeto e equilíbrio);
A palavra pro meu atual momento é CANSEI! Esses dias li um livro que falava sobre o quão somos movidos por amor a ponto de ficarmos cegos. E tinha uma história de uma moça que após anos de relacionamento reparou que do inicio até aquele momento, todos os passos dados na relação foram dados por ela. Isso me deu um click, dias depois assisti “Comer, rezar e amar” um filme que mexe profundamente com o meu eu interno e oculto. Queria ter dinheiro pra fazer como Liz fez, simplesmente viajar pelo mundo e se achar em cada canto. Porque se apaixonar fode a vida da gente? CARALHO!!! QUE BOSTA É AMOR DE MÃO ÚNICA! Fora que pior ainda é o fato de eu ter todo um processo de não acreditar nesse tipo de amor, de não saber virar a página sem beber todo o amargo, simmmm... sou o tipo de pessoa que demora a se apaixonar mas quando vai, precisa beber até a ultima gota do sofrimento pra ai mudar a página e seguir... Oremos, já me achei na fase do: ESSE ESPAÇO NÃO ME CABE E NÃO ME PERTENCE! ESSA HISTÓRIA NÃO É MINHA!! Sim, cheguei a me arrepender de ter iniciado tudo isso, já me senti burra, já quis mudar meu jeito de ser, já pensei até em excluir todos os meios de comunicação e começar tudo do zero, mas quem não tem nada a ver com os meus atos impulsivos pode ser penalizado. O Próximo passo é se desligar de corpo e alma! Estamos mais perto do fim. O que requer um puta exercício mental de deixar pra la e uma puta maleabilidade de não incluir nada que lembre a pessoa nos seus planos.
Tenho conhecido pessoas novas recentemente, mas to com preguiça de recomeçar. Quando é bem bacana vem a sensação de “Porque vamos perder nosso tempo se em seguida esfria?” Acho que preciso de um pouco mais de tempo comigo pra poder abrir a porta pro novo chegar. Figuradamente estamos na fase de ir tirando os moveis da casa, pra poder limpar, pintar, deixar o ar novo entrar pra dai então deixar que o novo faça visita.
Por hora é isso, cada fase uma etapa. Quem me roubou de mim, devolva, quem não entende faça a gentileza de se retirar... e de boca fechada, por favor! 

domingo, 30 de julho de 2017

Meu Love Story


Decidi publicar esse texto num domingo porque domingos me lembram você. Nossos passeios e nossos papos.  
Você é o sol no dia nublado. Você é o refugio no meio do furacão. Você é um presente que a vida me emprestou e eu sou grata a ela por isso. Obrigada por tentar apaziguar as coisas quando elas teimam em ser difíceis. Obrigada por me lembrar que dias ruins existem para que os bons possam chegar. Obrigada por me ensinar a ser paciente e não desistir de ser quem eu sou. Quando tudo estava do avesso você estava comigo e com papo de “Bibi eu não sou um bom conselheiro”.
Obrigada por ser e me permitir ser a “LOVE STORY”. Você me fez crer que ainda podemos acreditar nas pessoas e que por mais difícil que seja, em algum lugar do planeta, alguém traz a leveza na bagagem. Do seu jeito atrapalhado, destrambelhado e amoroso você deixou sua marquinha por aqui! \O/ MEU PRIMEIRO OVO DE PÁSCOA DE 2017!!! =O  rsrsrssrs

Por fim, te desejo um mundo de coisas boas e novas! Conquistas e aprendizados. E que você possa multiplicar toda essa sua leveza e amorosidade por onde passar. Obrigada mais uma vez por ser especial e eterno! O mundo é teu meu bem... Tudo de maravilhoso! <3 font="">

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Paixão, TPM ou Crise Existencial?




Na verdade ambos podem dar as mãos. Hahahaha TA FODA! Eu pro amor, sou tipo a criptonita e o super homem, oq tira suas forças. Como gente fica besta quando se apaixona né? Hahahaahahaha
Eu acho que levo tempo pra me apaixonar porque toda vez que vivo, vem um furacão em seguida, acho que toda paixão marcou uma fase da minha vida. Porque em seguida eu tive que limpar o joelho ralado e continuar a caminhada, só que nesse continuar muita coisa muda e acho que dai vem a crise existencial.
Esses dias te ouvindo (lendo) falar... Me senti arrependida de ter confessado tudo, pelo simples fato de achar que as coisas seriam mais simples ou mais fáceis. Enquanto eu pensava na solução da coisa toda você procurava o culpado. As suas duas frases que mais ecoaram em mim foram “Mas agora já era” e “Foda-se”. Cara é tão amargo querer estar com alguém que te faz mega bem e tomar um banho dágua gelada. Tentei dar a entender que esse não era o desfecho que eu esperava, não queria que as coisas ficassem pra lá, queria que elas continuassem como estavam, de vdd! Sem tirar nem pôr. Nunca vislumbrei um relacionamento, não tinha plano nenhum de podar sua vida solta, muito pelo contrario, era exatamente isso que me fascinava. Era como se pudéssemos conhecer o mundo e procurar um ao outro pra dividir as novidades. Mas enfim... Diante do “já era” e da minha tentativa falha de aceitar que era o fim mesmo eu me vi sendo chata e repetitiva, me deu a impressão de estar implorando por atenção e reciprocidade e olha, eu sempre fui contra esse tipo de comportamento, porque afeto é livre e cada um dá o que tem, então como querer forçar a barra? Na nossa ultima conversa ou discussão eu refleti muito sobre isso e acho que você tem razão... Deixar pra lá é só uma maneira mais amena de não viver algo que poderia ser muito foda, super intenso, mas trabalhoso. E eu me vi tão pra baixo diante de tudo isso que achei melhor não insistir e seguir o passo com a sua dica.
Essa situação toda mexeu tanto comigo que cheguei a me questionar como atuante na minha vida, eu prezo tanto pela leveza, sinceridade e praticidade que me peguei presa numa fantasia que eu mesma criei. Aproveitei esses dias pra rever alguns conceitos e isso está repercutindo e muito nessa fase de recomeçar... Me vi com menos amigos que na ultima crise e o louco é que isso não me assusta, na verdade só me dei conta agora. Me vi mais disposta a cuidar de mim e deixar o mundo no mudo. É chegada a hora de olhar pra dentro e iniciar a faxina. Tem bagagem demais que nem será usada e agora a vida ta cobrando esse lance do: Olhar pra si e saber onde quer ir. Já faz um tempo, que aprendi a dizer não sem pesar a consciência e agora nessa reflexão está muito mais claro. Estava ficando bem chato e desgastante discutir, cansativo! Ouvi de uma colega esses dias: “Vou viajar pra cuidar do meu relacionamento, estamos morando longe, to morrendo de saudade e não dá pra deixar acabar assim”(SIC). Achei legal a reflexão dela, e de fato é isso mesmo. Argumentar e contra argumentar não chega em denominador nenhum, parece um fórum e ninguém ganha a causa, só se enche. Não quero mais brigar nem discutir, já que eu não sei explicar ou você não sabe entender, vamos fingir que nada aconteceu e o tempo se encarrega de colocar tudo no lugar. Obrigada por me ensinar e por ter me dado espaço ou abertura para ser quem sou sem medo de ser mal vista ou condenada. Amo você, só errei em me apaixonar e querer viver isso. Talvez uma grande fantasia minha. Mas “Agora já era”.
Ta tudo do avesso por aqui, ta tudo acontecendo ao mesmo tempo, fim de projeto no emprego, mudança dos meus pais, eu me apaixonando, saudades do Yuri, e tudo isso me faz sentir só e por um lado é bom que seja assim, eu acredito que o tempo trás respostas e nos ensina a digerir as coisas. Tudo é aprendizado, espero voltar aqui e contar coisas boas... Por enquanto está tudo sinistro.   

domingo, 14 de maio de 2017

Amar não faz mal, o que machuca são as pessoas.

           Eu me preocupo em quanto a gente se firma em outra pessoa. Tipo... a quantas anda nossa sustentação e como lidamos com isso. Reparo muito na energia que a pessoa emana e o quanto isso nos aproxima ou repele.
Bianca você ta ficando louca? Que papo mais sem pé nem cabeça. Ok, pode não fazer sentido algum, mas passei a escrever justamente pra tentar entender. Algumas pessoas se apaixonam e aparentemente vivem a vida da outra pessoa, até então, são escolhas, mas e quando uma das partes esta cega e totalmente vivendo a vida que não é sua? Alguém muito próximo a mim vive isso (Sério, não sou eu!!! Mesmo tendo relatado a paixão no texto anterior). Eu percebo o quanto as pessoas têm ficado cega por amor e esse amor na sua grande maioria não é reciproco. As relações tem se tornado a base de interesse ou egoísmo, do tipo... eu estou bem, o resto é resto.  Essa minha ultima paixão me ensinou que somos movidos a escolhas e de nada adianta ir contra ou surtar porque as coisas de fato acontecem. Percebo pessoas perdendo amigos por paixão, percebo pessoas não socializando com outras pessoas se a outra não estiver junto e isso é muito triste! Pior é quando o outro já sacou tudo isso, tem o poder de movimentar “as peças do jogo” e age por sadismo ou às vezes não, mas acaba empacando a vida do outro. O que me pego pensando é: E depois que tudo acaba? O que resta? A família se encheu, os amigos foram viver, e você ficou só, a mercê de um amor que sempre foi de mão única.
Hoje me deparei numa cena onde a pessoa chorava e falava: “Eu só queria ser escolha, eu só queria poder estar por perto e poder cuidar, eu só queria ser importante” (SIC). Isso doeu em mim, que triste ver alguém que você ama sem perspectiva porque o outro também não sabe o que quer. O quanto a vida fica mais leve quando a gente encontra alguém que faz questão de ficar e ser par, mas é certo também que não podemos esquecer de nós. Que sentido é esse que damos pra qualquer relação em que o outro nos norteia mais que as nossas vontades? E Pior... quem quer estar com alguém que se perdeu de si? Por diversas vezes a gente precisa de um colo, de um afago, de um feedback e como pedir a alguém que sabemos que vai dizer algo que apenas nos agrade. A conversa hoje durou cerca de duas horas, a pessoa não tirava os olhos do celular e só prestava atenção no assunto se fosse pra falar dela mesma ou da outra pessoa que por motivos maiores não pôde estar presente, ou seja, FOI UM SACO! E ai diante dos exemplos trazidos ao longo do papo você mostra pra pessoa o quanto parece que mais nada faz sentido, nada além do outro e o quanto isso é pesado de ouvir e sentir.

Normalmente as pessoas que se colocam nessa situação já vem de relações que são ciclos viciosos e repetitivos. Como mostrar pro outro que a bagunça dele é só dele? E que não temos a obrigação de carregar porque é exaustivo demais e que amor é esse que nos precisamos nos anular pra viver? Fiquei pensando nisso e lembrando da minha ultima postagem, eu sou grata as pessoas pelas quais já me apaixonei. Porque não me deixaram permanecer nas bagunças delas. Isso é um ato de amor ou ao menos respeito e isso é tão digno e humano. Ninguém é obrigado a corresponder afeto alheio, mas não é legal dar corda em algo que não será alimentado. FIQUEI PENSATIVA COM ISSO... ACHO TRISTE =/ 

sábado, 4 de março de 2017

por hora, da minha zona de conforto eu não saio

Cara,  como é difícil se relacionar. E quanto mais o tempo passa mais me certifico de que eu não tenho o dom para tal. Desde sempre ouço minha mãe falar que estar junto é ceder. Que muitas vezes a gente abre mão do que quer pra poder estar a dois. Sempre refleti muito sobre isso. Quando meu namoro acabou, cheguei à conclusão de que na verdade, eu não tinha maturidade nem disponibilidade para fazer a coisa acontecer, de lá pra cá, optei por cuidar de mim e desenhar o meu caminho sem ao menos cogitar a possibilidade de ter coparticipantes.
Fluiu por anos, hoje, depois de adoecer e de me sentir velha e vulnerável andei repensando algumas escolhas e percebi que ter alguém é somar, agregar e ir além... Dai em diante, sumi de algumas agendas, apaguei alguns contatos da minha e me permiti criar raízes e conhecer quem chega. Sabe qual foi conclusão? QUEM CHEGA NÃO SABE O QUE QUER. Estar com o outro requer calma, escuta e cuidado. Nem sempre aquilo que te falam é o que de fato é, pode ser o que se quer, fantasia ou idealização. Como descobrimos isso? Apanhando na cara! Rs ... Simples assim.
Sim, sou psicóloga... mas se relacionar vai aleeem de diploma e formação. É entrega, cuidado, afeto, coisas do tipo e que simplesmente acontece quando é mutuo. Percebo que muitas pessoas se contentam com o pouco que o outro oferece pelo simples fato de ter medo da solidão. Eu já vou além disso, prefiro mil vezes estar só do que me contentar com o pouco do outro e de quebra levar minha paz embora. Tenho um puta cuidado nesse trato de estar com o outro e do quanto eu acredito e peço para que as coisas sejam 50 e 50%. Difícil criar morada num lugar em que em minutos tudo pode mudar, a inconsistência do outro não me atrai, me repele.  Eu não sei sair da minha zona de conforto pra entrar na tormenta alheia da mesma maneira que não enfio ninguém na minha.

Descobri que tenho um medo do caralho de relacionamento! Mas não por insegurança ou ciúme, simplesmente porque é uma coisa que depende de dois pra poder rolar e eu sempre vou saber só de mim. E eu sou tão preciosa pra mim que não posso servir de marionete na mão de ninguém. Sou razão do fio de cabelo ao dedinho do pé, mas quando a emoção me pega, me jogo de cabeça e as vezes a piscina é bem rasa. Ouço meus amigos dizerem que estão em noivado e que junto com seu par, estão financiando apartamento , outros criando seus filhos e eu só sei que quero a minha paz. E eu só sei que tenho a mim mesma e isso me traz muito afago e bem estar. Acho que tenho pânico de casamento, acho que tenho medo absurdo de ficar a mercê de quem não sabe o que quer. E agora senhora psicóloga como tratar tudo isso? NÃO SEI! Só sei que por hora, da minha zona de conforto eu não saio, refaço meu mundo, traço novos planos, estudo mais um pouco, encontro um novo trabalho e tudo por mim e pra mim, porque eu me amo de verdade e eu vou sempre cuidar bem de mim. Não por egoísmo, mas por saber que posso contar comigo sempre. E se no susto a gente aprende (post anterior), com o que fica do susto a gente aplica a vida, reflete sobre o que tem feito e começa a reorganizar o que ficou, no mais, vida que segue... J

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

No Susto a gente acorda!

Dizem que a madrugada foi feita pra pensar e não pra dormir... Eu prefiro usa-la para refletir e escrever. =D
Todos a bordo? Finalmente entramos em 2017. Eu quase não chego, mas com muita fé e chatice, cá estou.
Há muito tempo atrás, ouvi ou li em algum lugar que achar o outro requer que você se ama e se cuide antes. Achei meio clichê esse papo. Não entendia a relação... Pois ele veio me fazer sentido dia 28/12/2016 por volta das 15 ou 16 horas (não me lembro com exatidão) quando depois do 3º desmaio eu comecei a retomar os sentidos e vi os olhos aflitos do meu pai e a voz dele ao fundo me dizendo: “Filha, acorda, levanta dai você é tão forte Bianca!” e a minha mãe chorava e dizia baixinho:” Meu Deus, traz ela de volta”. A minha única reação era olhar eles e piscar... Sentir as mãos da Camila me segurando, com força e me ancorando pra não machucar Eu falava por dentro... “Gente, to aqui! Tô bem!” Mas meu corpo não reagia... Quando entramos na ambulância e ligaram a sirene minha mãe segurava minha mão e falava: Ta com frio? Quer água? Já estamos chegando... vai ficar tudo bem, ta bom? Os olhos cheios d’água. Quando soubemos que tudo tinha sido por negligencia medica e que de certa forma a negligencia também era minha. Estar anêmica num quadro agudo. Me veio essa frase a mente. Amar o outro é se amar e se cuidar em primeiro lugar. Meu deus, meus pais! Que desespero... que aflição... Pedi perdão pra minha mãe por deixar ela passar por aquilo. O segundo grande momento aflitivo foi tentar pulsionar a veia que não a encontravam, foram exatos 12 furos. Minha mãe chorava e dizia: Se eu pudesse trocava de lugar com você. E eu fiz a cena filha forte da história... Mas depois eu chorei tanto sozinha...  e refleti tanto!! Optei vir escrever sobre isso pra começar o ano, não por drama, mas por segunda chance!!!  Tive por perto pessoas que nem sonhava... Conheci pessoas boas. Encontrei meu príncipe encantado, que não me abandonou em nenhum momento e que não me deixou desistir. Sempre confiante e com palavras que eram como anestésico.  Tenho usado muito desse tempo “Repouso forçado” para refletir sobre coisas novas. Reparar em detalhes que muitas vezes eu deixava passar despercebido. Como é bom o recomeço e as novas chances que a vida proporciona. Na dor a gente aprende também e faz uma faxina sobre as pessoas que teimam em estar próximas cujo o principal interesse é te ver na merda. E assim vamos seguindo... Dias melhores virão... Eles sempre chegam.