domingo, 14 de maio de 2017

Amar não faz mal, o que machuca são as pessoas.

           Eu me preocupo em quanto a gente se firma em outra pessoa. Tipo... a quantas anda nossa sustentação e como lidamos com isso. Reparo muito na energia que a pessoa emana e o quanto isso nos aproxima ou repele.
Bianca você ta ficando louca? Que papo mais sem pé nem cabeça. Ok, pode não fazer sentido algum, mas passei a escrever justamente pra tentar entender. Algumas pessoas se apaixonam e aparentemente vivem a vida da outra pessoa, até então, são escolhas, mas e quando uma das partes esta cega e totalmente vivendo a vida que não é sua? Alguém muito próximo a mim vive isso (Sério, não sou eu!!! Mesmo tendo relatado a paixão no texto anterior). Eu percebo o quanto as pessoas têm ficado cega por amor e esse amor na sua grande maioria não é reciproco. As relações tem se tornado a base de interesse ou egoísmo, do tipo... eu estou bem, o resto é resto.  Essa minha ultima paixão me ensinou que somos movidos a escolhas e de nada adianta ir contra ou surtar porque as coisas de fato acontecem. Percebo pessoas perdendo amigos por paixão, percebo pessoas não socializando com outras pessoas se a outra não estiver junto e isso é muito triste! Pior é quando o outro já sacou tudo isso, tem o poder de movimentar “as peças do jogo” e age por sadismo ou às vezes não, mas acaba empacando a vida do outro. O que me pego pensando é: E depois que tudo acaba? O que resta? A família se encheu, os amigos foram viver, e você ficou só, a mercê de um amor que sempre foi de mão única.
Hoje me deparei numa cena onde a pessoa chorava e falava: “Eu só queria ser escolha, eu só queria poder estar por perto e poder cuidar, eu só queria ser importante” (SIC). Isso doeu em mim, que triste ver alguém que você ama sem perspectiva porque o outro também não sabe o que quer. O quanto a vida fica mais leve quando a gente encontra alguém que faz questão de ficar e ser par, mas é certo também que não podemos esquecer de nós. Que sentido é esse que damos pra qualquer relação em que o outro nos norteia mais que as nossas vontades? E Pior... quem quer estar com alguém que se perdeu de si? Por diversas vezes a gente precisa de um colo, de um afago, de um feedback e como pedir a alguém que sabemos que vai dizer algo que apenas nos agrade. A conversa hoje durou cerca de duas horas, a pessoa não tirava os olhos do celular e só prestava atenção no assunto se fosse pra falar dela mesma ou da outra pessoa que por motivos maiores não pôde estar presente, ou seja, FOI UM SACO! E ai diante dos exemplos trazidos ao longo do papo você mostra pra pessoa o quanto parece que mais nada faz sentido, nada além do outro e o quanto isso é pesado de ouvir e sentir.

Normalmente as pessoas que se colocam nessa situação já vem de relações que são ciclos viciosos e repetitivos. Como mostrar pro outro que a bagunça dele é só dele? E que não temos a obrigação de carregar porque é exaustivo demais e que amor é esse que nos precisamos nos anular pra viver? Fiquei pensando nisso e lembrando da minha ultima postagem, eu sou grata as pessoas pelas quais já me apaixonei. Porque não me deixaram permanecer nas bagunças delas. Isso é um ato de amor ou ao menos respeito e isso é tão digno e humano. Ninguém é obrigado a corresponder afeto alheio, mas não é legal dar corda em algo que não será alimentado. FIQUEI PENSATIVA COM ISSO... ACHO TRISTE =/