terça-feira, 30 de outubro de 2018

Afinal, quem é você?



Percebo cada vez mais pessoas vazias de si e cheias do outro. Pessoas perdendo cor, tom, posicionamento, escolha, pensando em agradar quem o rodeia. Estilo, fala, articulação, vestimenta, musica, escolha, tudo caindo por terra para ser inserido em um grupo. Dia a dia desempenhamos papeis, conhecemos pessoas e nós perdemos de nos mesmos. Diante de tantas indagações, reflexões e observações eu me pergunto: Quem é você?
Quem é você quando perde? Quando choro aperta? Quem é você quando a dor fica forte? E a risada é incontrolável? Quem é você quando perde o emprego? Quando sonha? Quem é você quando namora? Quando vive um amor não correspondido? Quem é você no seu trabalho? Quem é você no meio dos seus amigos? Quem é você quando a cortina fecha e o público se vai? Quem é você na sua família? Quem é você quando não há saída e a decisão precisa ser tomada em segundos? Quem é você na decisão politica? Quem é você na luta pelos direitos?
Cada vez mais pessoas se apropriam de falas alheias e pouco tem contato consigo mesmas. E quando o questionamento chegar? Você saberá falar de si só? E quando a fatura de ser quem é chegar, você tem como pagar o preço do posicionamento que optou ter?  socialmente falando? Você é o mesmo no público e/ou privado? Somos produto do nosso meio, mas nunca podemos nos esquecer da essência. Sim, o inato, o genuíno! Aquilo que vem desde a nossa constituição que somado ao meio em que vivemos, origina em quem somos. Nós somos movimento e construção, estamos, passamos não enraizamos nem em lugares tão pouco em pessoas. Você tem feito algo de positivo ou motriz por onde pisa? No caso de ter feito, você de fato se dá conta de quem é?   Afinal, quem é você?!