Com o passar dos anos, a
maturidade me ensinou que a maneira mais bacana de aliviar as dores da alma e
psíquicas era escrevendo. Criei esse blog não com o intuito de divulgar o que
eu escrevo, mas pensando em salvar meus textos e posteriormente ter a chance de
em um novo momento ler. (muito melhor
que o facebook. Rs... =P)
Quando o Yuri morreu (5 agosto de
2016), achei que eu fosse pirar, ficar definitivamente louca. Mas o mais
interessante foi que meu cérebro conseguiu se comunicar com o meu coração e
pediu para que naquele momento ele segurasse a onda, pois diante da situação,
eu seria a única pessoa que poderia resolver o que estava por vir, e assim
fui...
Hoje, quase 4 meses depois, me
pego em crises depressivas, de choro, isolamento, revolta e questionamentos.
Sinto tanta saudade dele que se pudesse voltar no dia 3 ou 4 de agosto e
soubesse do que estava por vir, acho que amarrava ele em mim (pelo menos é o
que passa na minha mente agora!).
Essa semana soube que ele sofria
de um tipo de depressão silenciosa e foi o que fez ele se matar e acabar com os
problemas que estavam lhe afligindo. Quando soube isso, me senti uma bosta...
Cheguei a achar que eu era culpada e uma péssima profissional. “Como que alguém
que amo tanto se mata na minha frente e eu não faço nada?”. Deprimente isso,
sensação de impotência é gigante. Mas acho também que seria bom escrever sobre
tudo isso e o que me mastiga a mente.
Pois bem Carinha, aqui vai a
carta que eu precisava te mandar é uma pena que você nunca vai ler. “Meu
meninão, QUANTA SAUDADE! Gostaria de ter você por aqui, depois que você foi
embora, parece que a vida se tornou mais pesada, as pessoas mais maldosas e o
amor parece não mover mais o mundo. O Sandro está com depressão, a Maira confusa
e sem amigos leais, sua mãe procurando respostas, a Ingrid a base de remédios e
a Gabi esperando você chegar toda sexta a noite. Eu me isolei do mundo, evito
pessoas e ainda vou na sua casa pra te ver. Minha mãe me disse pra não chorar
mais porque você precisa de oração e não de choro. Tenho muito mais dificuldade
para lidar com morte. Que vazio você deixou pra nos. Acredito que nem você
tinha dimensão do amor que o permeava. Que dor era essa que nós não poderíamos
te ajudar? Porque a vida se tornou tão nociva? Tenho tantos questionamentos
também que você nem sabe! Mas, como você não vai me responder. Preciso te
dizer, que te amo muito e que ainda não consigo falar de você no passado, você
faz muita falta. Obrigada pela sua contribuição de existência na minha. Que
você se encontre onde estiver e que esteja bem agora”.
MUITA SAUDADE, MUITO AMOR,
QUERENDO VOCÊ DE VOLTA,
SUA, BRANCA J
Nenhum comentário:
Postar um comentário